PUBLICIDADE Por dois dias, dois idosos de 67 e 69 anos foram amordaçados, amarrados e tiveram as cabeças tampadas em toucas em um cativeiro em Alpercata, na região do Rio Doce. Ao todo, a Polícia Civil prendeu seis homens, uma mulher e apreendeu um adolescente de 16 anos por participação nos crimes.Foto: Alex de jesus
Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (5), a instituição informou que as vítimas foram liberadas antes do pagamento do resgate. O valor pedido não foi divulgado.
“No dia 2 de dezembro, segunda-feira, a vítima mais nova, que era o alvo do sequestro, estava com o amigo na propriedade rural dela, em Floresta, perto de Central de Minas, quando os dois foram abordados. O amigo foi levado por estar ali. A Polícia Civil foi acionada imediatamente, iniciamos diligências quando, na terça-feira, nós conseguimos prender em Teófilo Otoni, dentro de um carro, três homens que teriam participação ativa na organização desse crime”, explicou o delegado Ramon Sandoli, titular da Delegacia Especializada Antisequestro do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp).
Com o trio preso, policiais civis seguiram nos levantamentos das informações e chegaram até uma comunidade cigana em Alpercata, próximo a Governador Valadares. Os outros criminosos chegaram a trocar de cativeiro após as prisões dos comparsas.
“No fim da manhã de ontem (quarta), localizamos o segundo cativeiro e conseguimos libertar as vítimas. Os dois idosos estavam muito mau-tratados, com a saúde debilitada e sujos devido à crueldade que foram tratados.
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Eles foram hospitalizadas, e o médico que atendeu a vítima mais nova disse que se demorasse mais um tempo para ter o socorro médico, ela poderia falecer”, detalhou o policial.
Segundo o delegado, o idealizador do sequestro já tinha tratado de questões relacionadas à terras com o idoso e sabia que ele tinha capacidade econômica para pagar o valor pedido. Enquanto o trio que foi preso primeiro era responsável pela articulação do sequestro, o adolescente apreendido, a mãe dele e os outros três presos se revezavam e tomavam conta do cativeiro.
“Por parte dessa quadrilha ser cigana, circula muito ali, conhece a região e isso facilitou a saída de um cativeiro para o outro, mas nada disso impediu a polícia de chegar a eles e libertar as vítimas. O grupo não assumiu o crime, mas nós já levantamos elementos de participação de todos eles. Nós acreditamos na participação de mais pessoas nesse caso e estamos fazendo levantamentos para que sejam presas também”, finalizou Sandoli.